Vinho e Gastronomia

  • Colaboração: Felícia Sampaio - Editora Culinária do Gastronomias.com
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"Quem não se importa com o próprio estômago, dificilmente se irá importar com outra coisa"...Samuel Johnson



Vinho e Gastronomia:


Monges de Cister...

Não se pode falar de vinho e gastronomia sem deixar de referir os Monges de Cister. Sediados em Alcobaça, por concessão real, logo se dedicaram à vitivinicultura e à enologia, tendo as suas adegas rápidamente ganho fama "extra-muros" e sendo conhecidas como autênticas "catedrais da gastronomia", fazendo por vezes "esquecer" a austeridade conventual. Em 1774, o Mosteiro de Alcobaça, graças à sua cozinha e ao próprio refeitório, foi considerado como o "Templo da Gula mais brilhante da Europa". Beber vinho com moderação além de ser uma atitude saudável, ajuda melhor a apreciar os diversos pratos que compõem a rica e variada gastronomia nacional. Beber vinho é um acto de cultura. É fundamental a escolha do tipo de vinho de acordo com o prato servido. Existem regras básicas, por todos sobejamente conhecidas, que nos dizem que um prato de peixe deverá ser servido com um vinho branco, que os mariscos vão bem com os vinhos verdes ou com brancos acídulos, que as carnes se fazem acompanhar por vinhos tintos e que com as sobremesas dever-se-ão servir vinhos licorosos ou espumantes mais ou menos doces. Alguns exemplos:

Mariscos:

cozidos: vão bem com vinho branco leve, acídulo ou com vinho verde branco.
gratinados ou cozinhados com gordura, ervas aromáticas, especiarias ou natas: requerem um vinho branco seco, menos acídulo e menos jovem.

Peixes:
cozidos ou grelhados: são beneficiados quando acompanhados por um vinho branco, um pouco acídulo, leve, frutado e vivo.
no forno: deverão ser servidos com vinho branco mais seco, encorpado e capitoso.
Excepções: Com a sardinha assada e o bacalhau, vai bem um vinho tinto, encorpado e de preferência com alguma adstringência.

Carnes:
vermelhas: necessitam de vinhos tintos encorpados, com "bouquet".
brancas: irão melhor com vinhos brancos fortes ou rosados, mais jovens e menos carregados de aroma e sabor, como Chardonnay ou Sauvignon.
Excepção - O leitão assado no forno deverá sempre ter um espumante natural a acompanhá-lo.

Caça:
Combina com vinho tinto velho, aveludado, com um bom "bouquet".

Pastas:
Com creme de leite ou suaves: combina com vinho tinto suave, frutado.
com muito condimento: necessitam de vinhos tintos encorporados, com "bouquet".

Saladas:
Especialmente as de folhas verdes: combina com vinho tinto.

Doçaria:
Acompanha bem com um vinho licoroso doce ou meio doce, conforme a sobremesa tenha mais ou menos açúcar na sua confecção, ou com um espumante doce.

Excepção – Se os doces tiverem chocolate ou nozes nunca acompanhar com espumante.
Os espumantes vão bem com tudo - Está na moda, começar e acabar uma refeição sempre na mesma companhia: o espumante natural.

Como aperitivo, o melhor é aquele que nos possa estimular o apetite para a refeição. Poderá ser um espumante bruto, um Madeira seco, um Porto branco seco ou, porque não, um vinho branco fresco e frutado, com o qual iremos continuar durante a refeição, até ao prato de carne.
O que nunca deverá ser servido como aperitivo, são os cocktails, pois estes deixarão o palato incapaz de apreciar os vinhos que venham a ser servidos posteriormente com a refeição.

Como digestivo e para terminar a refeição deverá servir-se uma aguardente vínica ou bagaceira.

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Autora Felícia
Sampaio

Editora culinária do Gastronomias (Roteiro Gastronómico de Portugal) desde 1997. "Sou apaixonada por gastronomia e quero transmitir-lhe essa paixão nas minhas receitas tradicionais, comida de conforto e sobremesas soberbas."

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