Estavam três trolhas nas obras da ponte nova quando toca a buzina para o almoço, sentam-se os três cada um com a sua marmita e diz o primeiro:
" -epá, outra vez sandes de queijo!!  eu já não aguento sandes de queijo se amanha for sandes de quiejo outra vez eu atiro-me da ponte."
Vira-se o segundo:
" -eu não acredito, sandes de fiambre!! eu já não posso com sandes de fiambre, se amanha eu tiver sandes de fiambre eu atiro-me contigo da ponte.
" vira-se o terceiro que era preto:
" -sande de mantega, num acredito outra ves sande de mantega seu amanha tiver sande de mantega eu atiro com vocês!"
no dia seguinte os três muito nervosos ouvem a sirene do almoço a tocar sentam-se a beira da ponte e o primeiro abre a marmita e diz:
" -sandes de queijo, adeus mundo cruel" e atirou-se
vira-se o segundo abre a marmita e diz " -sandes de fiambre prefiro a morte e atira-se"
vira-se o preto e diz"- sande de mantega eu vou com os meu colega".
 e saltou também.
No funeral encontram-se as três viúvas, diz a primeira:
"- ai meus deus se eu soubesse que era por causa das sandes! eu fazia-lhe sandes do que ele quisesse"
diz a segunda:
" por causa de uma sandes, meu deus, havia salame, paio, queijo la em casa porque e que ele não me disse nada"
vira-se a preta:
" num percebo, num percebo, era ele quem fazias as sandes"

Hugo Baltazar Baptista

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