Re: Os melhores luares no Algarve e Andalucía


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Posted by Associação para a Defesa do Patrimonio de Beja on February 07, 19102 at 08:10:30:

In Reply to: Os melhores luares no Algarve e Andalucía posted by Jorge Garzón on September 27, 19100 at 15:17:58:

olá, espero que entenda o nosso português! Somos da Associação para a Defesa do Património de Beja e queremos saber quais os parques naturais e nacionais da andalucia e extremadura espanhola, se nos pudere ajudar ficamos muito agradecidos.

Para uma grande experiencia gastronómica, aconselhamos Mértola no Baixo Alentejo, ou Évora no Alto Alentejo. Enviamos algumas recietas tradicionais do Alentejo.

Culinária

Aqui ficam algumas receitas tradicionais alentejanas que até hoje tem sobrevivido e que podemos encontrar nos muitos restaurantes tradicionais do concelho de Beja. Mas se preferir também poderá tentar realizar estes pratos tradicionais na sua propria cozinha, oferecendo assim um pouco da gastronomia alentejana a todos aqueles que a apreciam.

Sopa de Beldroegas 1 molho de beldroegas; 2 cabeças de alho; sal; ovos; bacalhau; queijo fresco cortado em quartos; azeite; pão. Faz-se um refogado com os alhos inteiros, as beldroegas,
azeite e sal até as beldroegas ficarem brandas. Junta-se a água, quando ferver junta-se o bacalhau e o queijo. Quando tudo estiver quase cozido, escalfam-se os ovos e server-se com sopas de pão.

Sopa de Beldroegas com queijinhos e ovos
Para 4 pessoas
2 molhos de beldroegas; e cebolas; 500g de batatas; 1,5 dl de azeite; 1 cabeça de alhos; 500g de pão caseiro ou de 2ª; 4 ovos; 2 queijinhos frescos.
Preparam-se as beldroegas aproveitando-se apenas as folhas. Os molhos devem ser grandes. Cortam-se as cebolas às redolas e alouram-se com o azeite. Juntam-se as folhas de beldroegas lavadas e deixam-se refogar muito bem mexendo com uma colher de pau.
Regam-se com cerca de 2 litros de água e deixa-se levantar fervura. Retiram-se as peles brancas à cabeça de alhos, que se introduz inteira (sem retirar a pele roxa de cada dente de alho) na panela com o caldo a ferver. Juntam-se ainda as batatas cortadas às rodelas grossas. Tempera-se a sopa de sal e deixa-se cozer. Na altura de servir, introduzem-se no caldo os ovos, as beldroegas e os queijinhos.
Variante: Substituiem-se os queijinhos frescos por um queijo de leite de ovelha fervido, cortado aos bocados. Na região de Évora, esta sopa não leva cebola, mas uma maior quantidade de alhos inteiros e sem serem pelados

Sopa da Panela Para 4 pessoas1 frango, ou ½ galinha, ou ¼ de peru, ou 1 bocado de borrego ou de vaca, 125g de toucinho fresco entremeado; 1
farinheira; 1 chouriço de carne pequeno (linguiça); 1 cebola; salsa; hortelã; sal; 150g de pão duro caseiro ou de segunda. Introduz-se a carne, a cebola, a salsa, o chouriço, a farinheira e o toucinho em 3 litros de água fria. Retira-se a espuma que se forma durante a fervura e deixa-se cozer. Corta-se o pão aos quadrados ou fatias finas para dentro de uma terrina e dispõem-se por cima raminhos, de hortelã. Retira-se a cebola e a salsa da panela. Cortam-se as carnes aos bocados e dispõem-se sobre o pão. Rega-se com o caldo. Tapa-se a terrina e serve-se 5 minutos depois. Em muitas casas, as carnes são servidas à parte mas ao mesmo tempo. Come-se com o garfo e colher.

Poejada com queijo fresco
Para 4 pessoas
200g pão de 2ª da véspera; 4 dentes de alho; 1 ramo grande de poejos; 5 colheres de sopa de azeite; 2 cebolas; queijos frescos (1 por pessoa); sal.
Descascam-se e picam-se as cebolas e pisam-se os alhos. Limpam-se os poejos de raízes e folhas secas e cortam-se as hastes com as folhas em pequenos troços. Levam-se as cebolas e os alhos a estalar sobre lume vivo com o azeite. Quando a cebola se apresentar translúcida, adicionam-se os poejos impecavelmente lavados e escorridos e deixam-se refogar cerca de 2 minutos. Rega-se com 1,5 litro de água a ferver e tempera-se com sal. Tapa-se a panela e deixa-se ferver 25 a 30 minutos. Corta-se o pão em fatias pequenas, mas não exageradamente finas, colocam-se na terrina onde será a sopa servida. Dois minutos antes de se servir a sopa, introduz-se os queijos frescos. Deixam-se ferver (como se se estivesse a escalfar um ovo) e retiram-se. Rectifica-se o paladar da sopa e deita-se sobre o pão. Podem colocar-se os queijos sobre o pão ou servir-los à parte. Abafa-se a sopa e serve-se 5 minutos depois.
Variante: Substitui-se o queijo fresco por queijo duro de leite de ovelha frevido, que se parte em 4 bocados. Também se pode fazer com ovos escalfados. No Alto Alentejo, o caldo é engrossado com farinha diluída num pouco de vinagre (1 colher de farinha, 2 colheres de vinagre).

Sopa de Túberas (Cogumelos) com ovos
Para 4 pessoas
125g de toucinho entremeado e sem sal; 125 g de linguiça (chouriço de carne); 1 cebola; 1 raminho de salsa; 1 dente de alho; ½ folha de louro; 3 tomates (fac.) ou 1 colher de chá de pimentão de cor (colorau); 300g de pão caseiro duro; 4 ovos; 1 kg de túberas.
Partem-se em bocadinhos o toucinho e a linguiça e levam-se a fritar. Depois de bem corados, retiram-se do tacho e juntam-se, à gordura que ficou, a cebola e salsa picadas, o dente de alho e o louro. Deixa-se o preparado refogar bem e rega-se com a água julagada suficiente para a sopa (cerca de 2 litros). Assim que o caldo levantar fervura introduzem-se as túberas cortadas às rodeias, temperam-se de sal e deixam-se cozer. Quando as túberas estiverem cozidas, escalfam-se os ovos no próprio caldo. Entretanto, parte –se o pão às fatias para uma terrina. Deita-se o caldo sobre as sopas de pão. À parte e ao mesmo tempo, numa travessa, servem-se as túberas, os ovos podem ser desfeitos no caldo, ficando com o aspecto esfarrapado e molho mais grosso.

Sopa de Cação ou Cação Limado

Para 4 pessoas
4 boas postas de cação; 3 colheres de sopa de azeite; 1 molhinho de coentros; 3 dentes de alho; 1 chávena de vinagre; 1 colher de sopa de farinha; sal; 200g de pão caseiro ou pão de 2ª; de véspera; 2 folhas de louro; 1 colher de chá de colorau (fac.).
As postas do cação devem ter cerca de 3 cm de espessura. Depois de bem arranjado o peixe, põe-se de molho durante 2 horas em água, vinagre, sal e louro. Refogam-se no azeite os coentros e os dentes de alho picados. Adiciona-se depois a pouco a pouco a água necessária para a sopa. Tempera-se de sal e introduz-se o cação. Deixa-se cozer. Depois, adiciona-se à sopa meia chávena de vinagre onde se defez a farinha e, querendo, uma colher de chá de colorau. Deixa-se ferver até que a farinha não saiba a cru. Corta-se o pão às fatias finas, que se colocam bem acamadas numa terrina. Regam-se com o caldo e por cima dispõe-se o peixe. Serve-se imediatamente.

Sopa de Cação (à moda de Moura)
Para 4 pessoas
4 tomates pequenos(pelados e cortados em pedaços); cebola (picadinho); alho (picadinho); coentros (picadinho); louro; azeite; sal; 5 postas de cação.
Com o tomate, cebola, alho, coentros, louro e azeite faz-se um refogado.
Em seguida deita-se água q.b. no tacho até levantar fervura. Entretanto, à parte faz-se uma massa com 3 colheres de sopa de farinha e 3 de vinagre.
Quando a água ferver deita-se no tacho o cação e a mistura de farinha e vinagre, vai-se mexendo até o peixe cozer.
Serve-se com sopas de pão(pão alentejano, já com mais de um dia, cortado em fatias finas; por cima deita-se o caldo e o peixe).

Sopa de Feijão branco e com Bacalhau
Para 4 pessoas
0,5 litros de feijão branco; 3 a 4 postas de bacalhau; 1 cebola; 1 molhinho de coentros; 1,5 dl de azeite; 1 ou 2 batatas por pessoa; 200g de pão de segunda; sal.
Põem-se o feijão e o bacalhau de molho. Coze-se o feijão e junta-se-lhe a água necessária para a sopa. Leva-se ao lume e introduzem-se no caldo a cebola inteira, o molhinho de coentros atados, as batatas descascadas e o azeite. Quando estes alimentos estiverem quase cozidos, junta-se o bacalhau, deixa-se cozer e rectifica-se o sal. Corta-se o pão às fatias, coloca-se numa terrina e rega-se com o caldo da sopa. À parte, mas ao mesmo tempo, servem-se o bacalhau, as batatas e o feijão.

Variantes: Substituem-se as batatas por espinafres. O bacalhau por ser substituído por amêijoas ou por pescada. Em Évora, a cebola e os coentros são refogados e este refogado leva também um dente de alho.

Sopa de Espinafres com ovos
Para 4 pessoas
1 molho de espinafres; 1 molhinho de coentros; 2 dentes de alho; 1 dl de azeite; 4 ovos; 250g de pão de trigo caseiro; sal.
Esmagam-se num almofariz os coentros e os dentes de alho com sal grosso. Em seguida deitam-se esta papa num tacho de barro que já se encontra ao lume com o azeite quente. Deixa-se refogar um pouco e juntam-se os espinafres escaldados e cortados. Depois de apurar, rega-se com a água necessária para a sopa (cerca de 2 litros). Deixa-se ferver. Entretanto, corta-se o pão às fatias finas. Pouco tempo antes de servis; rectifica-se o sal e escalfam-se os ovos no caldo da sopa.
Divide-se o pão por tigelas (ou coloca-se na terrina), rega-se com a sopa e coloca-se um ovo escalfado em cada tigela. Esta sopa também pode ser feita com arroz ou grão. Coze-se o grão e junta-se na latura em que se diz para se juntar água, sendo esta a de cozer o grão. Para 4 pessoas pode-se juntar 4 dl de grão. Nessa altura não leva os ovos.

Variante: Para se obter a sopa de pescada com espinafres, introduz-se a pescada às postas no caldo em que os espinafres cozem.

Sopa de Espargos Bravos
Para 4 a 6 pessoas
1 molho grande de espargos bravos verdes; 1 molho de coentros; 2 dentes de alho pequenos ou 1 grande; 200g de toucinho; 200g chouriço de carne; 2 colheres de sopa de vinagre; 1 colher de sopa de farinha; 400g a 500 g de pão duro caseiro ou de segunda, sal.
Pisam-se num gral (almofariz) os coentros e os alhos com sal grosso, de modo a obter-se uma papa. Preparam-se os espargos, cortam-se em bocadinhos e escaldam-se com água a ferver. Num tacho de barro fritam-se o toucinho cortado às fatias e o chouriço às rodelas. Retiram-se as carnes e no “pingo” que ficou fritam-se os espargos bem escorridos. Quando estes estiverem bem fritos, junta-se a papa de alhos e coentros e por fim o vinagre. Deixa-se cozer mais um. Rega-se tudo com água (cerca de 3 litros) e a farinha (a colher deve ser bem cheia) dissolvida num pouco de água fria. Deixa-se cozer tudo durante cerca de 15 minutos ou até a farinha deixar de saber a cru. Corta-se o pão às fatias ou aos quadrados para uma terrina e rega-se com a sopa. Abafa-se um pouco e serve-se com as carnes (chouriço e toucinho) à parte

Gaspacho à alentejana
Para 4 pessoas
3 dentes de alho; 1 colher e meia de sopa de sal; 3 colheres de sopa de azeite; 4 colheres de sopa de vinagre; ½ pepino; 2 tomates maduros; 1 pimento verde; 200g de pão duro, orégãos.
Num almofariz pisam-se os dentes de alho com o sal, para se obter uma papa. Coloca-se esta papa no fundo de uma terrina e rega-se com o azeite, o vinagre e os orégãos. Reduz-se um tomate a puré e junta-se ao preparado anterior. Corta-se o pepino e o tomate que resta em quadradinhos e o primeiro em tiras finas. Introduzem-se com 1,5 litros de água gelada. Na altura de servir junta-se o pão cortado em cubos pequenos. Serve-se bem fresco. Em muitas casas alentejanas serve-se, ao mesmo tempo que o gaspacho, paio e presunto cortado aos bocadinhos


Gaspacho (Mértola)
Para 4 pessoas
750 g a 1 kg de tomate maduro; 3 ou 4 dentes de alho; 3 ou 4 rodelas de pepino (fac.); 500 g de pão caseiro ou de 2 ª, duro; e a 4 colheres de sopa de azeite; sal grosso e vinagre; 50 de presunto (fac.); oregãos.
Reduz-se o tomate a puré passando-o pelo passe-vite ou esmagando-o, depois de se lhe terem retirado as peles e as sementes: Picam-se muito finamente o pepino e o presunto. Na própria tigela em que o gaspacho for servido esmagam-se os dentes de alho com um pouco de sal grosso. Introduz-se o puré de tomate e alguns orégaos secos e reduzidos a pó (esfregam-se entre as mãos).
Adicionam-se o azeite e o vinagre que se julgar necessário (depende do gosto e do próprio vinagre) e, finalmente, água fresca em quantidade suficiente para o pão (cerca de 2 litros). Mexe-se, rectifica-se o sal e o vinagre e introduz-se o presunto picado (se utilizar) e o pão previamente cortado em fatias e depois em bocadinhos partidos a mão. Na região fronteiriça servem este gaspacho com pardelhas fritas (peixe miúdo da ribeira). Em Sobral da Adiça introduzem azeitonas no gaspacho, dando-lhes uma ligeira pancada para lhes retirar o caroço.
Açorda à Alentejana
Para 4 pessoas
1 bom molho de coentros (ou um molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas); 2 a 4 dentes de alho; 1 colher de sopa bem cheia de sal grosso; 4 colheres de sopa de azeite; 1,5 litro de água a ferver; 400g de pão caseiro (duro); 4 ovos.
Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros (ou os poejos) com os dentes de alho, a que se retirou o grelo, e o sal grosso. Deita-se esta papa na terrina ou numa tigela de meia cozinha, que neste caso fará ofícios de terrina. Rega-se com o azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se escalfaram os ovos (de onde se retiraram). Mexe-se a açorda com uma fatia de pão grande, com que se prova a sopa. A esta sopa dá-se o nome de “sopa azeiteira” ou “sopa mestra”.
Introduz-se então o caldo o pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos com uma faca, ou partido à mão, conforme o gosto. Depois, tapa-se ou não a açorda, pois uns gostam dela mole e outros apreciam as suas sopas duras. Os ovos são colocados no prato ou sobre as sopas na terrina, também conforme o gosto.

A açorda é, fora do Alentejo, o prato mais conhecido da culinária alentejana. Vai à mesa do pobre e do rico e raro é o dia em que não constitui o almoço do trabalhador rural. Tem muitas variantes, mais influenciadas pela mudança de estações do que, como é regra em cozinhas tradicionais, de terra para terra. É sempre um caldo quente e transparente, aromatizado com coentros ou poejos, ou os dois, alhos pisados com sal grosso e condimentado com azeite. Dão-lhe consistência fatias ou bocados de pão de trigo, de preferência caseiro e duro. Acompanha-se geralmente com ovos escalfados, que também podem ser cozidos e azeitonas. Muitas vezes, na água utilizada já se cozeu uma posta de pescada ou de bacalhau. Também pode ser acompanhada com sardinhas assadas ou fritas e, no Outono, é muitas vezes enriquecida com tiras finas de pimento verde, que se escaldam com a água ao mesmo tempo que as ervas, e acompanhada com figos maduros ou um cacho de uvas brancas de mesa.

Migas à alentejana

Para 4 a 6 pessoas
500g de entrecosto; 250g de lombo ou de costelas de porco(sem osso); 150g de toucinho salgado; 800g de pão de trigo caseiro (duro); 3 dentes de alho; 3 colheres de sopa de massa de pimentão; sal.
Corta-se o entrecosto e a carne em pedaços regulares e barram-se bem com os alhos pisados e a massa de pimentão. Deixa-se ficar assim de um dia para o outro. Corta-se o toucinho em bocadinhos. Numa tigela de fogo (tigela de barro vidrado muito estreita na base e larga em cima) levam-se a fritar as carnes e o toucinho juntando uma pinguinha de água (para não deixar queimar). Retiram-se as carnes à medida que foram alourando. A gordura (pingo) resultante da fritura das carnes é passada por um pssador. Tem – se o pão na tigela, rega-se com um pouco de água a ferver e bate-se imediatamente com uma colher de pau, esmagando-o. Tempera-se com o pingo necessário, batendo as migas. Estas devem ficar bem temperadas mas não encharcadas de gordura. Sacode-se a tigela, sobre o lume, enrolando as migas numa omeleta grossa. A esta operação dá-se o nome de enrolar as migas.
Quando as migas estiverem envolvidas numa crosta dourada e fina, colocam-se na travessa, untam-se com pingo e enfeitam-se com as carnes.
Variantes: As migas não são obrigatoriamente enroladas. Podem servir-se com o aspecto de uma açorda grossa (no sentido que a palavra tem no resto do País). Em Alter do Chão, quando as migas não se enrolam, servem-se com fatias de pão frito e gomos de laranja. O entrecosto pode ser suprimido aumentando-se a quantidade de carne de febra. Os dentes de alho podem ser fritos no pingo e retirados antes de se juntar o pão.

Migas de Bacalhau com poejos
Para 4 pessoas
300g de bacalhau; 750g de pão caseiro (alentejano); 1 molho pequeno de poejos; 2 ovos; 2,5 dl de azeite; 2 dentes de alho
Demolha-se o bacalhau e coze-se. Em seguida escorre-se e limpa-se de peles e de espinhas. Reserva-se a água. Corta-se o pão em fatias e espalham os poejos em cima (apenas as folhas). Escalda-se o pão com cerca de 2,5 dl da água de cozer o bacalhau, a qual se levou a ferver. Tapa-se e deixa-se abebedar durante 10 minutos. Em seguida junta-se ao pão o bacalhau desfiado; juntam-se ainda os 2 ovos inteiros e bate-se tudo de modo a obter uma papa. À parte, num tacho, levam-se os dentes de alho a alourar com o azeite. Retiram-se os alhos, junta-se ao azeite a mistura de pão e bacalhau e, sobre lume, vai-se mexendo para enxugar o preparado, sem contudo o deixar muito duro. Ao ser escaldado, o pão deve ser ficar todo embedido mas não aguado, isto é, não deverá existir água visível no fundo da tigela.

Migas de batatas
Para 4 pessoas
1kg de batatas; 250g de toucinho entremeado; 300g de chouriço de carne; 1 dente de alho; sal.
Num tacho de barro fritam-se, em lume brando, o toucinho às fatias e o chouriço às rodelas de modo a derreter o máximo de gordura. Retiram-se e, na mesma gordura, frita-se um dente de alho. Adiciona-se um pouco de água. Entretanto, têm-se já as batatas cozidas e passadas por um passador. Junta-se o puré ao pingo que está no tacho e mexe-se com a colher de pau dando-lhe a forma de uma bola. Sacondem-se as migas, deitam-se na travessa e servem-se com o toucinho e o chouriço fritos.
Variante: Se se juntar calda de tomate, estas migas ficam melhores e mais bonitas. O tomate junta-se ao pingo (Évora).

Feijão Branco com Cabeça de Porco
Para 10 a 12 pessoas
1 litro de feijão branco de boa qualidade; 750 g de cabeça de porco incluindo a orlha; 500 g de galinha; 1 rabo de porco pequeno; 250 g de chouriço de carne; 250 g de tomate; 1 nabo grande incluindo a rama; 1 cebola média; 2 dentes de alho; meia folha de louro; 1 ramo pequeno de salsa; 1 pitada de cravo-de-cabecinha moído; pimenta que baste moída na ocasião; 200 g de presunto gordo (facultativo); 2 colheres de sopa de banha de porco.
Demolha-se e coze-se o feijão em água e sal. Depois de cozido escorre-se muito bem e deita-se num tacho relativamente grande e põe-se de parte. Entretanto, coze-se em água e sal a cabeça e o rabinho de porco depois de muito bem lavados, a galinha e a cabeça de nabo com rama. O chouriço deve ser cozido à parte para que o caldo não fique com um gosto muito pronunciado a chouriço. Depois de a carne estar cozida, desossa-se e corta-se em cubos não muito grandes. Faz-se um refogado com a banha, a cebola picada, os alhos e o tomate moído. Depois do refogado pronto junta-se ao feijão, assim como a carne cortada e todos os outros temperos. Tapa-se o tacho e leva-se a lume brando para apurar (cerca de 10 a 15 minutos). Não deve ficar com muito caldo, mas, sim, um pouco espesso. Rectificam-se os temperos e serve-se.

Favas Guisadas
Para 4 a 6 pessoas
3 kg de favas; 150g de toucinho; 200g de chouriço de carne; 1 molhinho de coentros, 2 folhas de alho; 200g de pão; sal.
Escolhem-se as favas bem tenras e lavam-se depois de descascadas. Corta-se o toucinho às tirinhas e o chouriço às rodelas e fritam-se num tacho em lume brando. Retiram-se quando tiverem largado bastante gordura. A esta gordura junta-se o molhinho de coentros ao qual se ataram as duas folhas de alho.
Deixa-se fritar um pouco e juntam-se-lhe então as favas. Tapam-se e deixam-se cozer, agitando o tacho e juntando pinguinhos de água à medida que vai sendo necessário para impedir que as favas agarrem ao fundo do tacho e se queimem. A meio da cozedura das favas, introduz-se novamente o toucinho e o chouriço e deixa-se apurar bem. Coloca-se numa travessa ou num prato fundo (prato de meia cozinha) o pão cortado ás fatias sobre as quais se deitam as favas. Acompanha-se com salada de alface cegada, isto é, cortada em caldo verde e temperada com coentros e hortelã picados, azeite, vinagre, sal e um pouco de água.

Bolo Rançoso
(de Teresa Martins Morgado da Silva)
400g de açucar; 500g de amêndoa – pelada e moída; 400g de chila; 12 gemas; 1 ovo inteiro; 1 colher de sopa de raspas de laranja; 1 colher de sopa de farinha.
Leva-se o açucar a ponto de fio, deita-se a ferver sobre a amêndoa moída e a manteiga. Quando frio, juntam-se as gemas, sem bater, a raspa de laranja, a farinha que foi muito bem batida com o ovo inteiro, mexendo tudo muito bem. Vai ao forno pré-aquecido, que logo se passa para o mínimo, onde deve, permanecer 1 hora.
A chila mistura-se logo a seguir a ter incorporado bem a farinha e mexe-se com um garfo com muito cuidado para não partir.
Bolo de Amêndoa e Gila (de Luzia Figueira Rosa)
300g de amêndoa pelada e triturada; 300 g de doce de gila; 150g de açucar; 6 ovos; 2 claras batidas à parte; 1 colher de farinha.
Misturam-se as gemas com o açucar. Juntam-se, ao preparado anterior, a gila e a amêndoa. Incorpore a farinha e envolvem-se as claras na massa. Vai ao forno em forma bem untada e forrada com papel vegetal

Folhados (de Idalina Revés)
1 kg de farinha; 2 ovos por kg de farinha; 250 g de açucar; sal q.b.; fermento de padeiro (20g).
Amassa-se tudo junto. Depois estende-se, barra-se de banha e corta-se em tiras. Por fim enrola-se com o doce de gila. Deixa-se levedar até ao dia seguinte. Vai ao forno. Polvilham-se de açucar depois de cozido.

Talhadinhas de Almodôvar
(para 10 talhadinhas)
200g de miolo de amêndoa; 150 g de açucar; fios de ovos; ovos moles; doce de gila; açucar q.b.
Ferva o açucar em pouca água até formar um ponto de pérola. Depois junte-lhe a amêndoa pelada e pisada até ficar o fundo do tacho à vista. Deite num prato e deixe repousar até ao dia seguinte. Coloque este preparado numa folha de papel encerado polvilhado com açúcar, tape com outra folha superior e cubra a massa de amêndoa com uma camada de fios de ovos, outra de ovos moles e outra de doce de gila. Enrole as camadas como torta e introduza no frigorífico. Tempo de preparação: 45 mn / Tempo de Cozedura: 30 minutos

Azevias Alentejanas
Massa:
250g de farinha; 2 ovos; 1 colher de sopa de manteiga; 1 colher de sopa de banha; 2 dl de água; Sal, azeite e açucar q.b
Recheio:
500g de grão; 250g de açucar; sal refinado; canela em pó; raspas de limão q.b.
Introduza num alguidar a farinha, os ovos e as gurduras. Amasse bem. Adicione aos poucos água morna e sal. Continue, a amassar, passando a massa para uma tábua. Embrulhe-a num pano húmido e deixe-a repousar 1 hora. Depois estenda-a com o rolo sobre a tábua, dando-lhe uma forma oval. Coza o grão e passe-o pelo passador reduzindo-o a polme frio. Leve ao lume o açucar com metade do seu peso em água até formar ponto. Tire do lume e deite na calda o polme de grão, um pouco de sal, canela e raspas de limão. Misture muito bem e recheie os pastéis com o preparado. Seguidamente frite-os em azeite polvilhando-os posteriormente com açucar.
Tempo de preparação: 1h30
Tempo de cozedura: 3h30

Nógado
5 ovos inteiros; 1 gotinha de aguardente; um pouco de água onde se poderem fazer as popias delgadas que se partem aos bocadinhos com uma faca.
Fritam-se esses bocadinhos em azeite. Escorrem-se bem. Põe-se mel em ponto num tacho e vão-se deitando os bocadinhos de massa frita. Dá-se-lhe voltas e põem-se 3 ou 4 bocadinhos em cima das folhas de nogueira ou de laranjeira.

Receitas do Convento da Conceição
Trouxas de Ovos da Conceição
Ponha um quilo de açucar em ponto de pasta e tenha uma tigela com água fria, para ir borrifando a superfície da calda, de forma a que o ponto não aumente, durante a execução das folhas e dos fios de ovos.
Bata 30 gemas de ovos, ligeiramente, e passe por uma peneira para retirar a película das gemas. Arranje um funil muito estreito, ou então ponha um pequeno arame no fundo do funil para que as gemas quando saiam, o façam por dois ou três lados diferentes, para que o fio ainda seja mais fino. Deite as gemas, através do funil, na calda, e logo que os fios estejam cozidos, retire com uma escumadeira e ponha a escorrer em cima de uma peneira. Faça metade das gemas em fios de ovos e da outra metade, faça folhas de ovos. Para fazer as folhas, pode utilizar um prato raso onde põe as gemas de forma a que cubra a superfície da calda na maior extensão possível. Deite em cima da calda e quando estiverem cozidas, retire-as e ponha-as também numa peneira a escorrer.
Com os fios, comece a enrolar as trouxas, que devem ter uma forma cónica, maiores de um lado do que do outro, e com a grossura de dois dedos. Envolva depois as trouxas em folhas de ovos e arredonde bem, de forma a que a forma cónica fique bem moldada. Ponha as trouxas em pé, numa travessa, e despeje o resto da calda por cima.
Pombinhas de Alcorce e caroços de Alcorce
Ponha 250g de açucar em ponto de pasta e deite dentro 250 g de amêndoas raladas. Deixe que tome uma consistência quase sólida. Retire do lume e depois de arrefecer um pouco, deite numa travessa. Com uma colher de amido e um pouco de alcatira e uns pingos de clara de ovo, faça uma pasta bem homogénea, com a qual irá cobrir as partes das formas que tem para fazer as pombinhas e os caroços. Deite dentro a massa de espécie e aperte as duas partes da forma. Deve esperar uma hora para desenformar.
Pode também, à falta de forma expressa para esta receita, utilizar a modelagem à mão, fazendo os desenhos do caroço de pessego com uma faca, depois de envolver a superfície com a massa de amido e alcatira.

Sopa Doce da Conceição
Ponha em ponto de cabelo 25 g de açucar e mergulhe nesta calda fatias grandes de pão de ló que devem ser embebidas em vinho do Porto, canela e gengibre.
Retire-as da calda, depois de as virar dos dois lados, e disponha numa travessa. Ponha juntamente ao lume com a calda o resto de vinho em que embebeu as fatias, e regue por cima depois de deixar ferver um pouco.


Bom Apetite

luís Dinis



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