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Um mundo melhor...


Ecologia:


Ecologia não é palavra complicada. Quer dizer, em grego: “estudo da casa”.
Não só da nossa casa, onde moramos, mas a “casa de todos”= O MUNDO.
Assim, Ecologia quer dizer: estudo do mundo. Porquê estudo do mundo?
Porque tudo o que fazemos ou aquilo com que mexemos tem de ser estudado, pesquisado, e por fim respeitado.

Pesquisar ou estudar é a mesma coisa que investigar.
Assim, o estudo do mundo compreende a investigação, ou seja, a verificação de como anda o mundo, como ele se formou e como está se comportando, nos dias actuais.
O que entendemos por mundo?
É a nossa casa, a casa dos vizinhos, a casa de nossos parentes, perto ou distante. É também a casa de amigos, em outros países e continentes: Estados Unidos, Europa, África, Japão.
O mundo conhecido por nós é o planeta Terra, onde vivem homens, mulheres e animais de todas as raças, além de insectos e demais espécies.
Ecologia se preocupa com o mundo todo, não só com a nossa casa e a casa de nossos amigos e vizinhos. Porquê?
Porque todos vivemos dependendo uns dos outros. O patrão é importante, pois dá emprego aos operários, mas os operários são também muito importantes porque sem eles não há produção. O respeito e a maneira de viver, dentro da sociedade, são estudados pela Ecologia também.

Ecologia estuda, ainda, tudo que acontece com o clima dos países, produção, trabalho, moradia, qualidade de vida etc.
Por que Ecologia estuda tudo isto?
Porque Ecologia é uma ciência, ou seja, uma forma de investigar tudo. O papel da ciência é investigar, achar os erros e apontar o caminho para consertar tudo.
Ecologia quer que o mundo seja consertado, para que não se derrubem as florestas, não se acabem os animais, os pássaros, as baleias...
Para que não se estraguem os rios e os mares...Para que todos os seres, inclusive os homens, sejam respeitados, juntamente com a natureza.

O homem (todos nós), desde pequeno, seja menino ou menina, precisa aprender a respeitar a natureza e os seres que estão nela, mas precisa aprender também que outros homens e mulheres são nossos irmãos e não podem viver sem emprego, sem casa, sem educação, sem a possibilidade de chegar a um ponto de progresso.
A terra não pode ser utilizada de qualquer maneira, mesmo que seja para plantar; é preciso, é necessário bastante estudo e pesquisa sobre o que fazer e como conservar a terra. Nós dependemos dela para viver!
Isto quer dizer que podemos plantar, tirar algumas árvores para essa prática, mas temos que ter muito cuidado com o que fazemos, pois se tirarmos muitas árvores dos campos vamos deixar a terra sem vida e sem protecção contra as pragas (bichinhos que atacam as plantações).
Não se deve tirar árvores das margens dos rios, pois isso é prejudicial aos próprios rios.
Não se pode plantar de qualquer maneira, sem verificar o estado do terreno. Existe estudo para cuidar do solo (terreno), assim devemos tomar cuidado para não plantar algo que vá desnutrir a terra. Desnutrir é o mesmo que enfraquecer a terra, deixá-la fraca, sem vida.
Isso exigiria, depois, a aplicação de adubo concentrado. O adubo concentrado devolve a nutrição à terra, mas pode também prejudicá-la, especialmente se for adubo químico.

Todo produto químico (adubo e insecticida) acaba indo para os rios, por força das chuvas, especialmente das enxurradas, e acaba envenenando os rios, matando os peixes e estragando a água, que é bebida por homens e animais.
Os insecticidas (produtos químicos utilizados para matar insectos) podem ajudar a humanidade a controlar as pragas das lavouras, mas podem também envenenar o ambiente, ou seja, o ar que nós respiramos. Por isso é necessário muito cuidado, ao utilizá-los, porque podem matar os pássaros, os agricultores (quem planta) e, por fim, entrar em nossa alimentação, causando muitas doenças.
Se os pássaros morrem, por causa dos insecticidas, quem cuidará de “limpar”as lavouras? Os pássaros são amigos dos homens. Eles comem os bichinhos que atacam as plantações, e ajudam, ainda, a plantar.

Você sabia que a gralha azul planta os pinheiros? Ela transporta o pinhão no bico e o deixa em qualquer lugar, fazendo, assim, o plantio.
Outro dano que os insecticidas fazem é com relação às abelhas. Quando as abelhas procuram flores de cereais plantadas, para fazer a polinização, acabam ingerindo insecticida e morrem. Aí a polinização fica prejudicada, isto é, não há o “casamento”das flores, o que impede que o cereal produza satisfatoriamente.
Então, você já sabe: é preciso cuidar da terra, das matas, das plantações, dos rios...
Todos os rios vão acabar nos oceanos e se esses rios estiverem poluídos vão, seguramente, sujar os mares. Nos mares é que existe uma plantinha que fabrica o oxigénio, que é o ar que respiramos.

As árvores ajudam a limpar o ar, tirando gases que estão circulando devido a veículos (automóveis, caminhões, tractores, aviões) e indústrias. Mas, as árvores também precisam de ar e se consomem gases, soltam oxigénio. Num determinado tempo elas fazem o contrário, de sorte que o trabalho delas fica balanceado. Existem plantas que consomem mais oxigénio do que fabricam, resultando em processo negativo para a gente.
Não se deve desmatar, isto é, cortar árvores a torto e direito, pois isso implica em mexer no clima e no solo. A cidades com poucas árvores ficam muito quentes e as chuvas caem de forma desorganizada, causando inundações, que destroem casas e matam pessoas.
Árvores são muito importantes para os pássaros, que fazem nelas os seus ninhos. Além de melhorar o clima, as árvores ajudam a fixar a terra, dão sombra, enfeitam nossas ruas e suavizam a paisagem. São nossas amigas, portanto.

Os animais vivem, geralmente, dentro da mata, onde se acham quantidades apreciáveis de árvores de todos os tipos, além de vegetação rasteira, flores, gramas, capins. Qualquer animal deve ser preservado, deve viver em seu próprio lar, que é a floresta.
Na floresta, o animal sabe como comer, beber e como sobreviver.
Apanhar animais ou pássaros, para mantê-los em jaulas e gaiolas é um grande ato de maldade, tanto que isso é proibido por lei. Ninguém pode dizer que é necessário caçar animais para comer, em nosso século, porque já temos criações apropriadas de espécies destinadas aos frigoríficos, onde são abatidos e vendidos para os açougues.
Existem pássaros criados em cativeiro (gaiolas ou viveiros), que já não podem viver em liberdade. Se fossem todos libertados, morreriam de fome, pois já não sabem procurar comida. São pássaros em extinção, isto é, pássaros que estão desaparecendo e, dessa forma, os criadores estão ajudando a defender essas espécies.

A vida natural é a vida no campo, longe ou perto das cidades, mas distante da poluição. Isto está ficando difícil, também, pois no campo existem outras espécies de poluição, com venenos químicos, além do perigo natural que o homem enfrenta em contacto com a natureza.
O “paraíso”que todos sonham encontrar nos sítios e fazendas - ficou no passado! A vida mudou, tem gente demais por toda parte e os métodos de trabalho também mudaram. Máquinas trabalham nas cidades e nos campos, as dores de cabeça da civilização são as mesmas em qualquer lugar.
Actualmente, vivemos um tempo diferente daquele que nossos avós viveram. Aumentou a população, nasceu gente demais e as cidades foram crescendo, crescendo...A humanidade mudou de tempo!...
Com o aumento da população, novos inventos foram aparecendo. A pequena produção teve de sofrer modificações, para atender o consumo. De agricultores, grande massa humana virou operária, passando a trabalhar em indústrias, geralmente nas cidades. Assim surgiu a chamada “era industrial”.

A “era industrial”transformou os costumes e fez com que as cidades crescessem demasiadamente. Começaram a aparecer máquinas, motores, veículos, telefone, electricidade, aviões, computadores...
Todo esse avanço foi possível porque o homem fez surgir novas tecnologias, ou seja, inventos que serviram para aumentar a produção e também o consumo. Esse mesmo consumo ao qual nos obrigamos, diariamente, cada vez que colocamos combustível nos automóveis, ou trocamos o botijão de gás em nossos fogões.
Esse avanço permitiu o aparecimento de grande número de aparelhos para utilização: rádio, geladeira, televisão, gira-discos, telefone, fax, brinquedos electrónicos, computadores, filmadoras, máquinas fotográficas, fornos micro-ondas... Tudo isso é produto da tecnologia, sem o que nada seria possível apresentar.
Enquanto se fabricam artigos para uso nas residências, que servem para minorar (facilitar) o trabalho caseiro como, por exemplo as máquinas de lavar roupas, essa mesma tecnologia está operando máquinas e utilizando operários para fabricar revólveres, produtos químicos perigosos, canhões, tanques de guerra, latas para embalagem de alimentos e tantas e tantas coisas que cansaria repetir...
A geladeira também é um desses inventos atrapalhados, pois os gases utilizados em seu equipamento (clorofluorcarbono) é que estão destruindo a camada de ozónio do planeta...

Muitas pessoas preferem viajar de trem, por se tratar de um meio de transporte mais económico (mais barato) e menos barulhento que o avião. É outro processo tecnológico que exige leito para colocar os trilhos, estações, serviços em toda parte, combinando horários com outras linhas...
O trem serve também para transportar matérias primas, mercadorias e produtos de consumo, mas tem sido desprezado, em função de outro aperfeiçoamento, o caminhão, que apanha e entrega as mercadorias de porta em porta, embora cobre mais caro pelo transporte e exija estradas asfaltadas, manutenção, policiamento, gasto com combustível...
Entre as invenções mais discutidas está o automóvel de passageiros, encontrado, hoje, em todas as ruas, avenidas e estradas. O automóvel modificou completamente o hábito dos povos, encurtando distâncias e reduzindo o tempo. Em compensação, causa enorme poluição e morte, pois os desastres acontecem diariamente.
Quando esses inventos aparecem, costuma-se dizer que isso é “progresso”, uma coisa que chegou para melhorar a vida de todo mundo, mas esse pensamento precisa ser esclarecido.

Progresso é uma medida que dê vantagem (benefício) a muita gente, mas o que estamos assistindo, no momento, é um tipo de progresso que só dá vantagem para pouca gente, especialmente para quem vende e obtém lucros. A maioria do povo vive enganada, pensando e sonhando com o tal “progresso”!
O mesmo acontece com a palavra “desenvolvimento”, falada e comentada por todos, que se encantam com ela...
Quando se fala em “desenvolvimento”, dá até para sonhar com um mundo perfeito, equilibrado, justo, harmónico, com paz total. Desenvolvimento é uma forma de fazer as coisas acontecerem, dando mais tranquilidade e comodidade para todos!
Infelizmente, esse desenvolvimento só tem servido para pouca gente, que está no comando dos países ou detêm postos de comando. Para os pobres e miseráveis, o desenvolvimento ainda não chegou e poderá demorar muito tempo para chegar...
A vida, nas cidades, é completamente diferente da vida no campo. As casas, nas cidades, especialmente para os pobres, são bem pequenas, quase não têm quinral, as pessoas vivem apertadas e espremidas como galinhas em gaiolas de granja. Existe gente morando em casas muito grandes, bonitas, com piscina e espaço à vontade, mas, é pequena minoria, muito rica, que foi sorteada na vida pelo “desenvolvimento”ou pelo “progresso”...
As ruas, nas cidades, são, na maioria das vezes, estreitas, esburacadas, sujas, poluídas, barulhentas –em razão do tráfego , verdadeiros caminhos para carroças. Entretanto, elas suportam automóveis, autocarros e caminhões pesados, por onde passam todos os tipos de veículos, levando mercadorias, desde alimentos a produtos químicos perigosos.
Esses veículos, em geral, poluem as cidades, soltando fumaça e gases que acabam com a nossa saúde, deixando o ar cheio de sujeira, além do cheiro horrível. Entre os gases mais perigosos está o chumbo, que causa doenças terríveis.

Cidades grandes são difíceis de administrar (governar) e causam muita atrapalhação, porque não há correcta distribuição de benefícios para todo mundo, ao mesmo tempo. Enquanto parte da população tem água, luz, escolas, transporte, hospitais, outra parte precisa tudo isso e luta muito para conseguir...
Tudo isso é estudado pela Ecologia
Nas cidades, obrigatoriamente, tem que existir casas para todos morarem. Em volta ou próximo das casas deve existir padarias, farmácias, armazéns, postos médicos, dentistas e todos os serviços importantes para a população, pois todos têm que trabalhar, produzir, consumir, estudar, namorar, casar e dar continuidade à vida.
O trabalho é algo que se faz com o fim de produzir alguma coisa útil. Quem trabalha na lavoura, planta, colhe, vai vender para poder comprar o que precisa. Quem trabalha em fábricas, faz o mesmo, produzindo peças, máquinas, material de construção, remédios, roupas, sapatos, óculos, ventiladores, móveis. Há de tudo, em nossa sociedade, gente que trabalha e gente que estuda e se prepara para o futuro.
Tem gente trabalhando em fábricas de produtos químicos, em laboratórios, hospitais, minas de carvão, frigoríficos. Tem gente pescando em alto mar, outros arrastando o peixe, transportando para o mercado. Tem mil formas de trabalhar, de ser útil à família, à comunidade, ao país, ao mundo.

O que precisamos é pensar seriamente nas coisas que estamos fazendo; se elas estão de fato sendo úteis para a humanidade, ou estamos apenas juntando mais lixo sobre a terra, perturbando a cabeça dos povos, ou destruindo as bases de nossa civilização.
Precisamos pensar e discutir isso em família, com nossos irmãos e nossos pais; depois, com nossos amigos. Precisamos fortalecer a união de nossa gente e investigar o que anda sendo consumido por aí. Se é bom ou mau. Se dura bastante ou se estraga depressa. Se o alimento é benéfico para nossa saúde ou se estamos apenas enchendo nossas barrigas.
Precisamos conhecer-nos melhor e conhecer melhor os que governam nossas cidades e nosso país. Precisamos achar a diferença entre o que é bom e o que é imprestável, e não nos ajudará em quase nada!
Precisamos trabalhar pelo estabelecimento de um modelo social (político) que cuida, ao mesmo tempo, da protecção às espécies, rios, oceanos, natureza, sem se esquecer que a principal espécie, a humana, está sendo atacada por todos os lados, feitos e formas, por grupos de pessoas que só pensam no tal “progresso”e no dinheiro...
Assim, sofre a natureza, sofrem as espécies, aumenta a poluição, diminui nossa saúde, enquanto os que se juntam, normalmente, em partidos políticos, só pensam neles e seus parentes e naqueles grupos que os ajudaram a elegê-los, deixando o povo de lado!

Precisamos de um modelo que possa nos oferecer justiça social, participação, oportunidade para todos, educação, cultura, liberdade, moradia, trabalho, saúde. Isto tudo tem um nome: “desenvolvimento local sustentável”, ou seja, o tipo de avanço tecnológico que possa trazer progresso para todos, sem comprometer a natureza e as espécies, protegendo as famílias, nossas vidas, dando mesmo um sentido mais promissor a tudo quanto pensamos com relação ao mundo, pois o que fazemos em determinado lugar vai também atingir outros lugares!
Precisamos de um humanismo completo, com Deus, sem o que será muito difícil encarar o futuro!

É o que Ecologia pode fazer por nós, tal como se ensina neste bê-á-bá...



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Autora Felícia
Sampaio

Editora culinária do Gastronomias (Roteiro Gastronómico de Portugal) desde 1997. Sou apaixonada por gastronomia e quero transmitir-lhe essa paixão nas minhas receitas tradicionais, comida de conforto e sobremesas soberbas.

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